por Tais Martins
Os dedos quebrados alcançam ainda a sua face
A fotografia rasgada
Recai no chão
Como se estivesse enterrada no ontem
Preso ao tempo
Em que eu nunca havia te amado.
Cores do entardecer
Na minha agonia em sonhar fragmentos felizes
Numa história de folhetim.
As notícias velhas dão conta
De que a nossa imagem juntos no porta retrato da sala
É somente um conjunto de cacos e resquícios.
As árvores da pracinha perderam as folhas
E os frutos de brilhos diferentes
Mostram a tonalidade
Dos beijos primaveris e outonais
Hoje não há mais encontros protegidos na beleza dos galhos
Mas sim um adeus na escuridão das raízes.
Nas janelas da galeria de arte
Observo os vitrais
Os quadros e as tintas multicoloridas...
Nesse momento pensei em nós e na nossa história
Outrora as vidas indissociáveis
hoje são vitrais e
As cores crepusculares
Hoje tem o cinza da tempestade...
Não significa que entre nós não houve amor,
Mas o que era amor
Hoje é fragmento de uma história sem final feliz.
E no peito sobram os vitrais
Como um caleidoscópio de emoções que foram
E já não são mais...
12/11/2010
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