sexta-feira, 15 de maio de 2015

Entrevista com Marcio Muniz

 Olá; como estão? Nesta sexta, temos o prazer de postar uma entrevista super bacana, feita com Marcio Muniz, autor que já participou das nossas antologias "Vida & Verso" e “Clímax: Faça-me Chegar Lá”.

Entrevista, escritor, Marcio Muniz
Perfil:
- Nome: Marcio Muniz
- Cidade e estado: Rio de Janeiro/RJ
- Profissão: Atualmente atuo como Supervisor em uma empresa de prestação de serviços, mas tenho formação técnica na a´rea de eletrônica, Sou bacharel em administração e pós graduado em gestão de pessoas e projetos.
- Idade: 38 anos
- Nas redes sociais: Página no Facebook.



Entrevista:


 - Como a vontade de escrever surgiu na sua vida?
 Não sei dizer quanto exatamente surgiu a vontade de escrever. Escrevo desde os 12 anos de idade, ou seja, desde que me reconheço como pessoa. O ato escrever é algo muito natural para mim. Todavia, eu já estava em um momento da minha vida que julgava que não teria mais uma carreira como escritor e poeta, pelo menos até o ano passado. 

 - Você escreve prosa e poesia, mas qual você sente mais facilidade para escrever?
 A poesia está em meu dia-a-dia, é uma forma de eu me manifestar, extravasar. Quase tudo é um motivo para eu escrever um poema. É algo inato. Todavia, quando surge uma ideia para algum conto ou mesmo uma história e eu sento para escrever, as palavras vem em avalanche, uma puxando pela outra.  Claro que escrever uma história é mais complicado, requer pesquisa e um mínimo de estrutura e a poesia por este lado é mais livre. Minha maior dificuldade para escrever em prosa é quando fico limitado por um tema, daí, as vezes flui um certo bloqueio, mas nada demais. Sem parecer presunçoso demais mas acho que transito bem nos dois  tipos de textos.

 - E qual você gosta mais de ler?
 Ler é um hábito que amo demais para poder me limitar a um tipo de texto, por isso, depende muito do meu momento e da lista de livros que trago comigo, além das possibilidades de compra que posso fazer.

 - Tem um escritor ou livro preferido?
 Como disse antes, não gosto de me limitar em termos de leitura, então leio de tudo um pouco. Todavia, tenho maior tendência a ler autores nacionais, li muito Machado de Assis, provavelmente meu preferido, mas gosto muito dos livros clássicos da nossa literatura. Meu livro favorito é sem sombra de dúvidas Dom Casmurro e cada vez que o leio mudo de opinião sobre Capitu. Também gosto bastante de Paulo Coelho, Marcelo Rubens Paiva, João Ubaldo Ribeiro, Mario Vargas Lhosa...Fica até chato citar....são tantos. Também tem uma rapaziada sem muita mídia que arrebenta no nosso país, nomes como Rô Mierling, Keila Gon, Fabio Chiva, Francine Locks, Juliana Daglio...são tantos também e que acabam de certa forma ficando amigos. Tem livros que me marcaram como "A cabana". Como poetas, sou fã de Carlos Drummond, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Ferreira Gullar, Fernando Pessoa e há pouco tempo descobri dos grandes poetas e amigos, Andreia Martins e Bruno Black.

 - Onde você busca inspiração para seus textos?
 Bom, eu sou romântico daqueles a moda antiga...o amor é o que mais me inspira. Porém, a maioria dos meus textos as vezes vem se uma única frase, uma cena que vejo...Meu próximo livro que será lançado agora (meu primeiro romance), veio de uma cena que visualizei dentro de um ônibus, uma única troca de olhares que acabou por através de minha imaginação render uma história inteira.  Não há um motivo em si, tudo é razão para escrever, basta deixar a imaginar voar. Escrever poesia principalmente, é dar de si para o mundo e passar para ele, retrato de como o vejo.

 - Você tem uma rotina para escrever? Alguma mania?
 É como digo, quando a inspiração vem é como uma onda gigante. Por isso, meu bloco de notas do celular é cheio de textos. Também tenho sempre a mão caneta e papel. Claro que quando se está escrevendo um livro é preciso ter alguma disciplina, porém confesso que as vezes me falta um pouco. Minha única mania ao escrever é que eu gosto de redigir meus textos, sejam quais forem, de modo manuscrito, á mão mesmo. É algo como se eu pudesse sentir as palavras fluírem de mim. Desta forma, também deixo para fazer uma primeira revisão enquanto os estou digitando no computador.

 - Que dica você daria para escritores iniciantes?
 Dar-se a conhecer, não ter medo de mostrar seus textos, participar de coletâneas, concursos e antologias, isso faz com que façamos "networking" e principalmente nos faz receber críticas e a crítica nos faz evoluir e buscar mais. Não podemos levar a crítica como algo maldoso e para nos ferir, transforme a crítica em estímulo e aprendizado. Escrever é um dom mas precisa ser aprimorado e incentivado, por isso, tirem seus textos das gavetas e não tenham medo ou vergonha de trazê-los a público. Contudo, cuidado, registre-os antes e preste atenção em quem você confie. Busque pessoas e editoras sérias que tenham um histórico. Sei que as vezes temos urgência em nos ver publicado, mas as vezes, devagar se vai longe.

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 E aí, o que acharam da entrevista? Espero que tenham gostado, e até a próxima!

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