sábado, 25 de abril de 2015

Entrevista – Vida & Verso (poesias em homenagem a vida)



Foram cinco autores selecionados para essa entrevista entre os poetas da referida obra.


Léa Ferro - www.leaferro.com
Diego Demetrius Fontenele - http://zip.net/byq8yk
Nuccia De Cicco - http://zip.net/bgq7Q6
Taveira da Silvamarcelinotaveira.blogspot.com




Vamos ver o que esses doces poetas tem a nos dizer sobre si mesmos e sobre essa arte tão singela que é escrever em versos.



1. O que é a poesia para você?

Léa Ferro - Poesia é oxigênio! 
Lucas Redó - Poesia é a possibilidade de ser livre...
Diego Demetrius Fontenele - Poesia  é mais que um conjunto de palavras reunidas em versos, vai além, muito além de definições que poderia pensar. Talvez seja uma parte minha que se recuse dar uma definição de poesia para manter nela uma aura de mistério. É uma motivação descobrir as nuanças que a permeiam, todas as possibilidades que ela permite, isso me atrai.  Então poesia  é uma constante busca pela forma perfeita de manifestar a beleza, manifestar os sentimentos, manifestar a vida. 
Nuccia De Cicco - Escrever sempre foi um sonho e uma paixão. As poesias são o modo como encontro de extravasar sentimentos, sensações e observações de uma forma mais passional que textos corridos. As palavras simplesmente brotam. Poesia é sentir com as letras, não só com o coração.
Taveira da Silva – A poesia para mim é o meio mais expressivo na elaboração do que somos. Qualquer artista que cria, harmonicamente, sua arte acaba fazendo uso da poesia. Eu, enquanto escritor, faço com que a poesia seja a causa e a consequência do meu trabalho. A poesia permite que eu me construa ser humano, pois somente ela seria capaz de elevar minhas melhores potencialidades humanas. 

2. Quando você escreveu um texto literário pela primeira vez?

Léa Ferro - Escrevi meu primeiro texto literário aos 14 anos, embora tenha ensaiado versos soltos desde a infância. Ao ler um poema de Drummond, em uma nota de 50 cruzados, fiquei encantada com a poesia e corri para meu caderninho para tentar um poema.
Lucas Redó -  Acredito que aos 16 anos.
Diego Demetrius Fontenele - Meus primeiros versos foram escritos no ano 2000, sendo que a maioria dos escritos eram apenas rabiscos de ideias.A maioria desses rabiscos foram reaproveitados posteriormente, aprimorados. Então considero que os textos que tiveram um primor literário saíram apenas em 2006 quando já estava um pouco mais maduro. 
Nuccia De Cicco - As primeiras poesias foram escritas quando tinha 15-16 anos, época em que comecei a namorar, me apaixonar, fazer besteiras e escolhas duvidosas. Nem as tenho mais, muitas eu dei ou deixei de gostar e joguei fora (sim, sacrilégio...). Os contos comecei em 2014, após finalizar meu doutorado.
Taveira da Silva - Escrevi aos 12 anos os meus primeiros versos. Sinceramente, odiei, anos depois, tudo aquilo que havia escrito. Era muito ruim mesmo. Aos 16 anos, motivado por novas inspirações consegui escrever poemas que me agradavam mais. Lembro-me que na época, numa mostra cultural na escola, divulguei alguns poemas e recebi vários elogios, inclusive de professores. Desde então não parei mais de escrever meus poemas e, mais recentemente, meus contos. 

3. Você escreve poesias e contos ou somente poesias?

Léa Ferro - Escrevo poesia, conto, mini conto, novela, romance.
Lucas Redó -   Descubro o que estou escrevendo somente quando acabo, ou no meio da escrita. Algumas vezes são poemas, outras, contos, outras, letras de música...
Diego Demetrius Fontenele - Ultimamente tenho escrito mais poesias pois não tenho muito tempo nem para me dedicar, nem para sentar e escrever um conto. É um trabalho que requer dedicação e atenção total para se atingir a excelência.  .Espero que quando tiver férias ( já são 4 anos sem) ou um feriado bem prolongado eu possa me dedicar a dar vida aos contos.  Tenho alguns esboços em minha mente e alguns esperando finalização. 
Nuccia De Cicco - Escrevo contos, poesias e atualmente estou encerrando meu primeiro livro, no estilo biografia.
Taveira da Silva - Eu escrevo mais poemas que contos. Comecei a escrever contos mais recentemente. Adoro os dois gêneros. Tenho alguns contos que pretendo publicar o quanto antes.

4. Você se considera um escritor-poeta?

Léa Ferro - Não. Considero-me uma entusiasta, com a caneta nas mãos e uma folha em branco.
Lucas Redó -   O ato de assumir-se como poeta traz consigo uma responsabilidade... Acredito que sou um amante do escrever e da escrita poética.
Diego Demetrius Fontenele - Ainda tenho um caminho muito longo para me tornar um.  Por enquanto me considero apenas um aprendiz. Claro que a aprendizagem será constante enquanto estiver vivo  e a bagagem terá que ser bem maior para me considerar um escritor. Quem sabe daqui a alguns anos seja promovido de aprendiz para escritor júnior. 
Nuccia De Cicco - Pergunta capciosa... Acho que me considero mais escritor do que poeta, pois poetas possuem uma preocupação com a forma e a beleza da escrita muito maior. Não que escritores não façam, mas duvido que contos possuam sílabas contadas ou rimas rebuscadas. Como eu não me preocupo com isso, nem sou uma poetisa regular (os poemas são escritos quando eles mesmo querem), talvez ter o título de Poeta/Poetisa seja me vangloriar demais.
Taveira da Silva - Considero-me, sim, um escritor-poeta. 

5. No Brasil, para você, escrever pode ser uma profissão algum dia?

Léa Ferro - Absolutamente, se a literatura e todo o mercado editorial acompanharem esta revolução tecnológica atual, ser escritor, pode se tornar uma profissão rentável.
Lucas Redó -    Se fosse, seria maravilhoso.
Diego Demetrius Fontenele - Acredito que sim. Claro que será um trabalho árduo e que envolverá diversos setores da sociedade mas tenho fé que terei essa profissão juntamente como arquivista.Acho que até lá já terei sido promovido a escritor júnior né?! Melhor que comemoro as duas profissões no dia 20 de outubro.
Nuccia De Cicco - Eu vejo muitos autores nacionais lutando para conseguir e outros conseguindo manter a profissão de Escritor como única fonte de renda. Para mim, creio que não será possível. Além de escrever, eu faço pesquisa científica e gosto muito mesmo desse trabalho. Não pretendo parar.
Taveira da Silva - O Brasil é um país que não prestigia a arte literária tanto quanto deveria. Quando falo isso, refiro-me, sobretudo, às políticas públicas voltadas para o incentivo do hábito de leitura dos brasileiros. Como temos ouvido falar, nosso país é a pátria educadora. Ainda assim, temos visto o esforço de vários autores em produzir bons textos, não apenas para externar sua criatividade, mas também para contribuir com o deleite daqueles que buscam um leitura de qualidade. Escrever pode ser uma profissão. Acredito muito nisso! E, quando falo em profissão, penso mais ainda no termo "carreira". Escrever é uma carreira belíssima que pode, e que já tem dado bons frutos, fomentar o mercado literário no Brasil. 

6.       Escrever em antologia paga por regime de cooperativa-cota é vantajoso para você? Por quê?

Léa Ferro - Sim, é vantajoso. O mercado editorial é absurdamente caro no Brasil, as antologias e coletâneas tornam a publicação mais barata e mais facilitada para os escritores, além de ser uma excelente forma de divulgação, pois atinge um número muito maior de leitores.
Lucas Redó -   Acredito que é vantajoso para todos que querem a princípio divulgar e consolidar suas poesias e nome. O modo de funcionamento destas antologias possibilita o intercâmbio de pensamentos e emoções, intercâmbio da arte, entre todo e qualquer tipo de pessoa. Nestas antologias a vantagem está na maior “facilidade” e incentivo à publicação quando comparadas ao modo "tradicional" de se publicar.
Diego Demetrius Fontenele - Sim. Dividir os custos e ampliar o alcance do trabalho torna uma antologia por regime de cooperativa atrativo. Não fica oneroso para as partes e o trabalho final sai com uma qualidade superior. Espero em breve participar novamente de outras antologias pela Illuminare Editora.
Nuccia De Cicco - Participar de qualquer tipo de antologia já pode ser considerado uma vantagem: um grupo de autores, que não te conhecem, escolheram seu texto para integrar um livro! O sistema de cooperação por cotas evita que os autores se sintam lesados pela organização, em especial se a mesma faz questão de deixar todos os passos bem esclarecidos. Não me arrependo de ter participado das 4 antologias em que fui selecionada. Todas as oportunidades foram ótimas e a organização se empenha em divulgar e distribuir os livros. Só tenho a agradecer.
Taveira da Silva - Uma antologia paga por regime de cooperativa-cota é bastante vantajosa, no meu modo de entender o mercado literário brasileiro. Toda e qualquer antologia nesse sistema contribui enormemente para o surgimento de novos talentos da literatura. Por vezes, os autores possuem dificuldades na publicação solo de seus trabalhos. Eu já participei de várias antologias. Gosto bastante do sistema de cooperativa. É sempre ela uma grande oportunidade para levar nosso trabalho o mais longe possível, a outros Estados, a outros países. Isso é empolgante!


Um comentário:

  1. Participei do evento desde o início e amei,aos escritores muito obrigada pela entrevista, a cada um deles, nos trouxe mais novidades apar que nós leitores tenhamos o que ler e com mais vontade.bjão

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