Foram cinco autores selecionados para essa entrevista entre os poetas da referida obra.
Léa Ferro - www.leaferro.com
Lucas Redó - http://intelectodumvagabundo. blogspot.com.br/
Diego Demetrius Fontenele - http://zip.net/byq8yk
Nuccia De Cicco - http://zip.net/bgq7Q6Taveira da Silva - marcelinotaveira.blogspot.com
Vamos ver o que esses doces poetas tem a nos dizer sobre si mesmos e sobre essa arte tão singela que é escrever em versos.
1. O que é a poesia para você?
Léa
Ferro - Poesia é oxigênio!
Lucas Redó - Poesia é a possibilidade de ser livre...
Diego Demetrius
Fontenele - Poesia é mais que um conjunto de palavras reunidas em
versos, vai além, muito além de definições que poderia pensar. Talvez seja uma
parte minha que se recuse dar uma definição de poesia para manter nela uma aura
de mistério. É uma motivação descobrir as nuanças que a permeiam, todas as
possibilidades que ela permite, isso me atrai. Então poesia é uma constante
busca pela forma perfeita de manifestar a beleza, manifestar os sentimentos,
manifestar a vida.
Nuccia De Cicco - Escrever sempre foi um sonho e uma paixão. As poesias são o modo como
encontro de extravasar sentimentos, sensações e observações de uma forma mais
passional que textos corridos. As palavras simplesmente brotam. Poesia é sentir
com as letras, não só com o coração.
Taveira da Silva – A poesia para mim é o meio mais expressivo na
elaboração do que somos. Qualquer artista que cria, harmonicamente, sua arte
acaba fazendo uso da poesia. Eu, enquanto escritor, faço com que a poesia seja
a causa e a consequência do meu trabalho. A poesia permite que eu me construa
ser humano, pois somente ela seria capaz de elevar minhas melhores
potencialidades humanas.
2. Quando você escreveu um texto
literário pela primeira vez?
Léa
Ferro - Escrevi meu primeiro texto literário aos 14 anos,
embora tenha ensaiado versos soltos desde a infância. Ao ler um poema de
Drummond, em uma nota de 50 cruzados, fiquei encantada com a poesia e corri
para meu caderninho para tentar um poema.
Lucas Redó - Acredito que aos 16 anos.
Diego Demetrius
Fontenele - Meus primeiros versos foram escritos no ano 2000, sendo que a
maioria dos escritos eram apenas rabiscos de ideias.A maioria desses rabiscos
foram reaproveitados posteriormente, aprimorados. Então considero que os textos
que tiveram um primor literário saíram apenas em 2006 quando já estava um pouco
mais maduro.
Nuccia De Cicco - As primeiras poesias foram escritas quando tinha 15-16 anos, época em que comecei a namorar, me apaixonar, fazer besteiras e escolhas duvidosas. Nem as tenho mais, muitas eu dei ou deixei de gostar e joguei fora (sim, sacrilégio...). Os contos comecei em 2014, após finalizar meu doutorado.
Taveira da Silva - Escrevi aos 12 anos os meus primeiros versos.
Sinceramente, odiei, anos depois, tudo aquilo que havia escrito. Era muito ruim
mesmo. Aos 16 anos, motivado por novas inspirações consegui escrever poemas que
me agradavam mais. Lembro-me que na época, numa mostra cultural na escola,
divulguei alguns poemas e recebi vários elogios, inclusive de professores.
Desde então não parei mais de escrever meus poemas e, mais recentemente, meus
contos.
3. Você escreve poesias e contos ou somente poesias?
Léa
Ferro - Escrevo poesia, conto, mini conto, novela, romance.
Lucas Redó - Descubro
o que estou escrevendo somente quando acabo, ou no meio da escrita. Algumas
vezes são poemas, outras, contos, outras, letras de música...
Diego Demetrius
Fontenele - Ultimamente tenho escrito mais poesias pois não tenho muito
tempo nem para me dedicar, nem para sentar e escrever um conto. É um trabalho
que requer dedicação e atenção total para se atingir a excelência.
.Espero que quando tiver férias ( já são 4 anos sem) ou um feriado bem
prolongado eu possa me dedicar a dar vida aos contos. Tenho alguns
esboços em minha mente e alguns esperando finalização.
Nuccia De Cicco - Escrevo contos, poesias e atualmente estou encerrando meu primeiro livro,
no estilo biografia.
Taveira da Silva - Eu escrevo mais poemas que contos. Comecei a
escrever contos mais recentemente. Adoro os dois gêneros. Tenho alguns contos
que pretendo publicar o quanto antes.
4. Você se considera um
escritor-poeta?
Léa
Ferro - Não. Considero-me uma entusiasta, com a caneta nas
mãos e uma folha em branco.
Lucas Redó - O
ato de assumir-se como poeta traz consigo uma responsabilidade... Acredito que
sou um amante do escrever e da escrita poética.
Diego Demetrius
Fontenele - Ainda tenho um caminho muito longo para me tornar um.
Por enquanto me considero apenas um aprendiz. Claro que a aprendizagem será
constante enquanto estiver vivo e a bagagem terá que ser bem maior para
me considerar um escritor. Quem sabe daqui a alguns anos seja promovido de
aprendiz para escritor júnior.
Nuccia De Cicco - Pergunta capciosa... Acho que me considero mais escritor do que poeta,
pois poetas possuem uma preocupação com a forma e a beleza da escrita muito
maior. Não que escritores não façam, mas duvido que contos possuam sílabas
contadas ou rimas rebuscadas. Como eu não me preocupo com isso, nem sou uma
poetisa regular (os poemas são escritos quando eles mesmo querem), talvez ter o
título de Poeta/Poetisa seja me vangloriar demais.
Taveira da Silva - Considero-me, sim, um escritor-poeta.
5. No Brasil, para você, escrever pode
ser uma profissão algum dia?
Léa
Ferro - Absolutamente, se a literatura e todo o mercado
editorial acompanharem esta revolução tecnológica atual, ser escritor, pode se
tornar uma profissão rentável.
Lucas Redó - Se fosse, seria maravilhoso.
Diego Demetrius
Fontenele - Acredito que sim. Claro que será um trabalho árduo e que
envolverá diversos setores da sociedade mas tenho fé que terei essa profissão
juntamente como arquivista.Acho que até lá já terei sido promovido a escritor
júnior né?! Melhor que comemoro as duas profissões no dia 20 de outubro.
Nuccia De Cicco - Eu vejo muitos autores nacionais lutando para conseguir e outros
conseguindo manter a profissão de Escritor como única fonte de renda. Para mim,
creio que não será possível. Além de escrever, eu faço pesquisa científica e
gosto muito mesmo desse trabalho. Não pretendo parar.
Taveira
da Silva - O Brasil é um país que não
prestigia a arte literária tanto quanto deveria. Quando falo isso, refiro-me,
sobretudo, às políticas públicas voltadas para o incentivo do hábito de leitura
dos brasileiros. Como temos ouvido falar, nosso país é a pátria educadora.
Ainda assim, temos visto o esforço de vários autores em produzir bons textos,
não apenas para externar sua criatividade, mas também para contribuir com o
deleite daqueles que buscam um leitura de qualidade. Escrever pode ser uma
profissão. Acredito muito nisso! E, quando falo em profissão, penso mais ainda
no termo "carreira". Escrever é uma carreira belíssima que pode, e
que já tem dado bons frutos, fomentar o mercado literário no Brasil.
6. Escrever em antologia paga por regime de cooperativa-cota é vantajoso
para você? Por quê?
Léa Ferro - Sim, é vantajoso. O mercado
editorial é absurdamente caro no Brasil, as antologias e coletâneas tornam a
publicação mais barata e mais facilitada para os escritores, além de ser uma
excelente forma de divulgação, pois atinge um número muito maior de leitores.
Lucas Redó - Acredito
que é vantajoso para todos que querem a princípio divulgar e consolidar suas
poesias e nome. O modo de funcionamento destas antologias possibilita o
intercâmbio de pensamentos e emoções, intercâmbio da arte, entre todo e
qualquer tipo de pessoa. Nestas antologias a vantagem está na maior
“facilidade” e incentivo à publicação quando comparadas ao modo
"tradicional" de se publicar.
Diego Demetrius
Fontenele - Sim.
Dividir os custos e ampliar o alcance do trabalho torna uma antologia por
regime de cooperativa atrativo. Não fica oneroso para as partes e o trabalho
final sai com uma qualidade superior. Espero em breve participar novamente de
outras antologias pela Illuminare Editora.
Nuccia De Cicco - Participar de qualquer tipo de antologia já pode ser considerado uma
vantagem: um grupo de autores, que não te conhecem, escolheram seu texto para
integrar um livro! O sistema de cooperação por cotas evita que os autores se
sintam lesados pela organização, em especial se a mesma faz questão de deixar
todos os passos bem esclarecidos. Não me arrependo de ter participado das 4
antologias em que fui selecionada. Todas as oportunidades foram ótimas e a
organização se empenha em divulgar e distribuir os livros. Só tenho a
agradecer.
Taveira da Silva - Uma antologia paga por regime de cooperativa-cota é
bastante vantajosa, no meu modo de entender o mercado literário brasileiro.
Toda e qualquer antologia nesse sistema contribui enormemente para o surgimento
de novos talentos da literatura. Por vezes, os autores possuem dificuldades na
publicação solo de seus trabalhos. Eu já participei de várias antologias. Gosto
bastante do sistema de cooperativa. É sempre ela uma grande oportunidade para
levar nosso trabalho o mais longe possível, a outros Estados, a outros países.
Isso é empolgante!
Participei do evento desde o início e amei,aos escritores muito obrigada pela entrevista, a cada um deles, nos trouxe mais novidades apar que nós leitores tenhamos o que ler e com mais vontade.bjão
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