por Tais Martins
Ouso escrever o que sinto
No descompasso
Da alegria que não posso ter
Preencho o meu peito com uma dor vazia
Repleta do desejo
E da impossibilidade de viver.
Desconecto a vida
Pela frívola tomada de consciência
Não tenho medos
Nem anseios do ontem
Pois hoje é minha dádiva presente
Ser infeliz nessa existência.
Desafio o presente
No momento em que a língua cala
Em tempos de amplos
E cruéis desafios
Mitigo a minha alma
Em chamas pelos sonhos
Eis que a cama traz o gélido leito vazio.
As alianças da vida
Prendem o passado
O beijo e o lençol
Histórias sentidas pelos antigos solitários
A espreita de uma existência vindoura
Que acontecerá longe do velho e solitário farol.
Tais Martins
Escritora e poetiza
Lindo *.*
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